Estreias

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Crítica - 'Star Wars: O Despertar da Força'


       “Em uma galáxia muito, muito distante...” surgiu uma saga cheia de surpresas conquistando fãs do mundo todo. E o responsável por idealizar esse universo único, diferente e extraordinário foi o pai George Lucas na tão cultuada saga, Star Wars. Não apenas isso, Lucas inspirou grandes cineasta, roteirista e expandiu o conhecido universo geek, e após 30 anos do épico ‘Guerra nas Estrelas’, a responsabilidade ficou ao cargo de J. J. Abrams em ‘Star Wars – O Despertar da Força’.               


     A trama inicia 30 anos após o episódio ‘O Retorno de Jedi’ com o surgimento de uma nova força sombria, a Primeira Ordem, uma organização a procura pelo poderoso Jedi, Luke Skywalker. Batendo de frente com a Ordem encontramos a Resistência, liderada pela general Leia (Carrie Fisher). Em meio ao cenário, a história segue a sucateira Rey (Daisy Ridley) e o ex stormtrooper (John Boyega).           

    Conhecido na serie ‘Lost’ e por trazer de volta a franquia ‘Star Trek’, Abrams foi o nome certo para a nova trilogia. Não apenas devolvendo o espírito da fantástica trilogia original revivendo épicos personagens como Han Solo e Chewbacca despertando aos fãs pura nostalgia, Abrams conseguiu de maneira sutil inovar tanto na narrativa, nos personagens e no ponto de vista temático dando seu toque autoral para a nova obra.  E por esses meios, fãs e para os que estão conhecendo esse novo mundo têm tudo para se apaixonar com os novos protagonistas.                    

   O roteiro assinado pelo próprio Abrams e por Lawrence Kasdan é cheio de surpresas e faz justiça a clássica trilogia. Com alguns resquícios do episodio ‘Uma Nova Esperança’, a nostalgia pesa, o filme pode parecer referencial, com a sensação de ter visto algo parecido, mas mostra novas idéias, como o humor (funciona praticamente em todo o filme) e difícil não se emocionar ao rever os épicos personagens e a “Lata Velha”.                   

         No quesito atuação ‘O Despertar da Força’ está bem a frente das trilogias anteriores. A presença feminina é marcante no filme, e o destaque não podia deixar de ser Daisy Ridley, a atriz está simplesmente espetacular, ela é carismática, apresenta a força necessária para a saga e lida muito bem as cenas de ação. Outro que está ótimo é Boyega nitidamente arrependido com seus atos do passado, além de ser o alivio cômico perfeito para a trilogia.


    Temos também a presença de Oscar Isaac como POE, um piloto gente boa, Domhall Gleeson, um general desaforado e Lupita Nyong’o.  E difícil é esquecer o hilário andróide BB-8 que também é puro carisma e o novo vilão Kylo Ren que deixa um pouco a desejar, pois o personagem está em desenvolvimento - quem sabe chega ao nível de Vader.          

    Com um trabalho técnico impecável de Abrams trazendo um ritmo ágil acompanhando a ação em diversos planos nas mais variadas edições e concebendo um mundo tangível com o uso perfeito do CGI e utilizando o 3D a seu favor. Diante de muitas perguntas sem respostas, ‘O Despertar da Força’ deixa muitas pontas soltas, mas é entretenimento de primeira, é cinematograficamente primoroso e deixa o espectador ansioso para o próximo episódio. Que venha 2017!


NOTA: 9,0


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